Água de bebida limpa

5 ERROS críticos ao avaliar a ÁGUA nas granjas

5 Erros críticos que cometemos ao avaliar a água nas granjas

As granjas de suínos, em sua maioria, ainda se preocupam muito mais com a qualidade da ração do que com a água oferecida aos animais. Ainda assim, os poucos gerentes e produtores que avaliam a qualidade da água nem sempre se atentam a pontos críticos para o acúmulo de biofilme, e acabam cometendo erros importantes que afetam a performance dos animais lote após lote. Confira abaixo 5 erros críticos que cometemos ao avaliar a água nas granjas, e que podem fazer toda a diferença no ganho de peso dos animais e resultado financeiro:

1) Prestar atenção na água e se esquecer da estrutura da tubulação

A estrutura dos canos pode contribuir (e muito) para o acúmulo de biofilme e contaminação constante da água. O tipo de material da tubulação (alumínio, PVC, borracha, etc), será importante, bem como o diâmetro desses canos, pois isso irá influenciar a velocidade que a água passa pelos canos. Além disso, a existência de depressões, curvas, cotovelos, e pontos cegos em excesso também irá favorecer que bactérias se acumulem e formem colônias permanentes.

2) Utilizar cloro sem prestar atenção no tempo de contato e pH da água

O uso de cloro (na sua forma de hipoclorito de sódio ou ácido hipocloroso) para a desinfecção da água deve ser feito respeitando-se as condições ideais de pH e tempo de contato que permitem a sua ação bactericida. O uso do cloro como agente de desinfecção da água para abastecimento urbano ou de piscinas, por exemplo, só é eficaz porque o tempo que ele permanece em contato com a água é suficiente, e o pH é controlado, além de outros processos complementares que são feitos como filtração, decantação, e outros que removerão partículas mais grosseiras, permitindo que o cloro atue bem. Em granjas de suínos e aves, a passagem da água pelos canos pode ser rápida (especialmente durante os picos de consumo do dia), impedindo que o cloro tenha o tempo de contato necessário para matar os microorganismos. Além disso, as variações de pH também podem interferir na sua eficácia.

3) Preocupar-se com a fonte de água e não com o seu trajeto até as chupetas

Embora a fonte de água da granja possa não estar contaminada, a grande “sacada” quando falamos de água de bebida é justamente o trajeto que ela percorre até chegar nas chupetas e bebedouros. É importante entender que a tubulação, em si, pode estar sendo a principal fonte de contaminantes da água devido à formação de biofilme e acúmulo de sujeira nos canos.

4) Não desinfetar a tubulação após o uso de aditivos

O uso de aditivos via água de bebida (como antibióticos, por exemplo) contribui para o acúmulo de biofilme nos canos. A maioria dos aditivos possuem um veículo em sua composição formado por algum tipo de açúcar ou carbohidrato. Esses compostos servem de fonte de energia para microorganismos, que tendem a se multiplicar e aderir nos canos, recontaminando a água em ciclos constantes. Para evitar esse problema, a recomendação é que se faça um “flushing” das linhas após o uso de aditivos.

5) Aplicar produtos na água sem a instalação prévia de filtros na linha

Qualquer produto que se utilize na água de bebida perderá parte da sua eficácia se essa água estiver extremamente carregada de partículas sólidas (como terra, areia, e outros sedimentos). Nesse sentido, o posicionamento de sistemas de filtragem antes da instalação de dosadores na linha é importante para o máximo aproveitamento dos produtos e real purificação da água fornecida aos animais.

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