Galpão sem Pragas
No Brasil, a presença do rato marrom (o rato de esgoto) nas fazendas e granjas infelizmente ainda é muito comum. Especialmente durante o inverno e em dias frios, esses roedores migram em massa para dentro dos galpões atuando como vetores de doenças e destruindo cabos elétricos e muretas. Quase todo produtor implementa, de início, medidas para o controle de pragas, mas em muitos casos acaba sendo necessário solicitar ajuda profissional. O mesmo ocorre nos casos de infestações por moscas. Uma única mosca pode carrear mais de 200 bactérias em apenas uma de suas patas, favorecendo a contaminação cruzada entre setores e animais diferentes. A importância do controle de pragas se dá exatamente nesse sentido:
- Prevenir a ocorrência de doenças;
- Reduzir o estresse aos animais;
- Evitar prejuízos dentro das instalações.
Roedores
Ratos e camundongos podem causar grandes problemas em granjas e fazendas. Eles carregam doenças, são vetores de diversos microorganismos, estressam os animais e reduzem sua performance produtiva. Os roedores também causam danos à tubulação e aos cabos elétricos, o que torna essencial o bom controle de ratos e camundongos.
Ratos e camundongos são roedores, e seus dentes crescem continuamente. Dessa forma, precisam mastigar constantemente para manter os dentes mais curtos, danificando edifícios e materiais. Sua visão é muito fraca, mas os outros sentidos (sensibilidade, olfato e audição) são altamente desenvolvidos. Eles usam esses sentidos para orientação e locomoção, guiando-se junto a paredes e outros objetos, que então se tornam bons locais para a montagem de caixas de iscas.
As espécies mais comuns na produção animal são o rato marrom e negro e o camundongo doméstico. Eles ocorrem em quase todo o mundo porque podem se adaptar rapidamente ao ambiente. Os roedores não precisam de muito para sobreviver, abrigo acessível e alimento é o suficiente. Tornar esses locais inacessíveis torna o ambiente pouco atraente, mantendo ratos e camundongos longe dos galpões. Sempre que possível, feche os buracos e rachaduras, limpe os resíduos e mantenha os alimentos em espaços inacessíveis e fechados.
Combate a roedores
Mesmo que as medidas preventivas devam ser a base, elas nem sempre resolverão o problema. É por isso que recomendamos o uso de uma variedade de materiais de controle. Antes de decidir quais produtos serão mais eficazes, é importante saber com que tipo de roedor você está lidando e qual o tamanho do problema na propriedade. Existem produtos de controle químico e não químico que podem ser eficazes quando aplicados adequadamente.
Venenos: o uso de venenos para geralmente é a primeira medida tomada quando há um problema com roedores. As iscas, ou rodenticidas, existem em várias formas, porque existem variações na forma com que cada espécie de roedor consome e espalha o ativo. É preciso escolher o produto mais adequado dependendo da localização e do tipo de roedor em questão. Para garantir a segurança no ambiente, iscas venenosas devem ser colocadas em espaços inacessíveis aos animais, como em caixas fechadas.
Armadilhas: Além dos venenos, você também pode usar produtos não químicos para combater ratos e camundongos. O exemplo mais conhecido é a ratoeira. A vantagem dessas armadilhas é que elas são muito eficazes e leval o roedor a óbito imediatamente, porém precisam de mais manutenção pois se limitam a apenas um roedor por vez. Outros exemplos de combate não-químico incluem repelentes eletrônicos ou armadilhas elétricas.
Moscas
Excesso de moscas é um problema que todo produtor conhece bem. Elas não são apenas um incômodo para as pessoas, mas também afetam os resultados produtivos, sendo vetores de doenças e estressando os animais. Isso torna o controle de moscas extremamente importante. As moscas “se reproduzem como moscas”, literalmente! Uma mosca adulta pode colocar mais de 1.000 ovos por vez. Em condições ideais, poderia levar apenas quatro semanas para o desenvolvimento de uma população de 1.000.000 de moscas!
Um outro ponto importantíssimo é que as moscas adultas (visíveis dentro do galpão) representam em somente 15% da população total. Os outros 85% residem no esterco e resíduos alimentares, na forma de ovos, larvas e pupas. É por isso que o controle das larvas é fundamental para se gerenciar infestações de alto desafio.
Combate a moscas
Para combater as moscas com sucesso é importante utilizar quantidades de ativos suficientes e além disso aplicá-las da maneira correta na propriedade.
Controle químico
O uso de substâncias tóxicas é muito eficaz e produz resultados imediatos. A maioria dos inseticidas possuem efeito residual, o que significa que eles permanecerão ativos após a aplicação. Além da diluição correta, é essencial que esses produtos sejam aplicados adequadamente para garantir sua eficácia. A aplicação de larvicidas, por exemplo, deve ser feita próxima a locais com água, conforme o ciclo de vida do inseto. Em contrapartida, a aplicação de produtos adulticidas deve sempre ser feita em locais altos, onde as moscas pousam e permanecem durante a noite.
Controle físico
O controle de moscas usando armadilhas não-tóxicas (como armadilhas de luz, por exemplo) pode ser muito eficaz. O controle biológico (através da introdução de espécies competitivas) é também uma forma cada vez mais estudada e utilizada para prevenir a multiplicação desses insetos em granjas e fazendas.