Ambiente livre de germes

Desinfecção a seco: funciona mesmo?

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A sobrevivência bacteriana depende de dois fatores fundamentais: umidade  e uma fonte de nutrição (matéria orgânica). Essas são as duas condições essenciais para sua sobrevivência. Em contrapartida, a multiplicação, ou seja, o crescimento desses micro-organismos depende de vários outros fatores como pH, temperatura, presença ou ausência de oxigênio, entre outros.

É importante entendermos essa distinção, para que fique bem claro o quanto a umidade é prejudicial aos resultados produtivos. Assim como a limpeza e desinfecção, a manutenção de um ambiente seco faz parte de um bom protocolo de biosseguridade, e os principais produtos utilizados para esse propósito são os pós de higiene.

Esses produtos desidratam o ambiente e têm altíssima capacidade de absorção de umidade, podendo ser polvilhados em áreas específicas, utilizados para temperar as camas, ou mesmo pulverizados no ambiente como um todo. Além de desidratar o meio, os pós de higiene formam uma barreira física temporária entre a matéria orgânica e os animais, contribuindo para reduzir as condições de sobrevivência microbiana.

Funciona mesmo?
O termo “desinfecção a seco” acaba sendo utilizado na produção animal para simplificar a compreensão de que ao secar o ambiente haverá uma redução na pressão de infecção. Quando falamos de pós de higiene, o efeito de redução da contaminação ambiental ocorre de forma indireta, como consequência da redução de umidade, e tem sim efeito positivo nos resultados produtivos. Diversos experimentos comprovam a redução em diarréias, onfaloflebites, hérnias umbilicais em leitões, entre outras enfermidades após o uso consistente de pós de higiene nas camas. Não há dúvidas de que manter o ambiente mais seco traz resultados positivos na produção animal, portanto sim, secar o ambiente funciona! 

Secagem do piso da maternidade em suínos
Além da secagem habitual dos leitões após o nascimento, é importante manter o piso da baia e dos escamoteadores o mais seco e confortável possível, de forma a reduzir a mortalidade nessa fase. Experimentos mostram uma redução em até 63% na mortalidade relacionada à ocorrência de hérnias umbilicais em leitões após o uso de pós de higiene polvilhados nos pisos da baia. O gráfico abaixo demonstra o experimento, onde a primeira barra (Q4-2018) representa o grupo controle, e os outras barras representam os lotes tratados com o pó de higiene MS DryCare no piso da maternidade em uma proporção média de 75 g por m².

Fonte: Wageningen University NL

Secagem das camas de freestall para prevenção de mastite
Manter as camas do freestall mais secas significa reduzir a multiplicação microbiana e consequentemente prevenir a ocorrência de mastites. É possível temperar a serragem com pós de higiene ou mesmo polvilhar os pós manualmente no boxe de forma a otimizar a aplicação do produto no local principal de contato do úbere. É importante que a limpeza e raspagem das camas seja muito bem-feita, e que a quantidade e frequência de aplicação dos pós seja correta. Atualmente existem polvilhadores automáticos para esse tipo de manejo. Clique aqui para assistir como isso é feito.

Uso de pós de higiene na linha dos nipples em aviário
A umidade excessiva em camas de aviário pode contribuir para o aparecimento de dermatites, ulcerações do coxim plantar e calos de peito, refletindo na qualidade de vida dos animais e, consequentemente, em seu desempenho. O uso de pós de higiene pode ser feito por baixo da cama toda no momento da recolocação, ou mesmo polvilhado manualmente por cima da cama logo abaixo da linha de bebedouros nipple (onde geralmente a umidade é maior).

Clique aqui para conhecer nossa equipe e fale com o consultor da sua região para receber uma visita técnica. O sucesso na produção animal começa com uma boa gestão de higiene.

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